"Ok... Cheguei ao mundo dia 15 de novembro de 1979 e minha família é toda de argentinos (menos eu). Desde pequeno, minha mãe lavava minha mente (e alma) com discos vídeos, fitas e tudo o que fosse possível de Elvis, Beatles e Elton John e assim fui crescendo e conhecendo essa primeira fase do Rock' n' Roll. Comecei a estudar violão popular aos 12 anos em minha própria escola primária, com uma professora que vivia dizendo que era humilhante como aluno e que talvez tivesse mais sorte estudando triângulo. Tudo bem, troquei de instrumento (passei pra guitarra) e de professor, porém estes sempre foram um problema até encontrar os certos (pois tive muitos, passando por várias escolas e até bons guitarristas como Frank Solari e Victor Biglione). Também tentei alguns cursos como a Musiarte e o Villa-Lobos que não me agradaram muito.

Bom, no começo, eu me interessei por bandas clássicas do rock como Kiss e Queen, porém meu gosto musical foi se expandindo podendo conhecer um guitarrista que me influenciou definitivamente em meu modo de tocar, Steve Vai. Depois, com meu amadurecimento musical, comecei a cansar da procura da "técnica perfeita" e comecei a ouvir guitarristas como Stevie Ray Vaughan e o próprio mestre Jimi Hendrix que me mostraram que um solo de guitarra é muito mais do que escalas de cima para baixo ou técnicas modernas.

Aos poucos fui me influenciando por outros monstros como Scott Henderson, Frank Zappa e bandas como Yes, Tribal Tech... Outro meio de crescer como músico foi a sorte de tocar com maravilhosos músicos (famosos ou não) como Oswaldo Montenegro, Cláudio Infante (baterista de Ney Matogrosso), Deborah Blando, Léa Fabres, Marcelo Bernardes (flautista de Chico Buarque), George Israel (Kid Abelha), Renato Ribeiro. Hoje minha maneira de tocar é exatamente uma fusão entre todas as minhas influências usando a técnica apenas como um meio de demonstrar uma emoção daquele momento e a guitarra (obviamente) é o canal."

MAXIMILIANO SANTIAGO