Sob novos olhos frios e cauculistas
E meu sorriso falso e amarelo
Minha mãos trêmulas e meus longos dedos
Há uma alma atordoada procurando uma porta
Procurando a própria luz
Em uma infinita bifurcação
Sobre olhares frios e tristes de outros
Sorrisos falsos e ingênuos
E mãos surradas com seus trabalhos sujos
Há um ser indefeso e carente
Procurando o seu prórpio amor
Em uma infinita luta pelo prazer
E por um ombro
Fecham-se os olhos e as portas
Fecham-se os sorrisos e apaga-se a luz
Só há dor e pavor
Sobre e sob meus ombros
E uma mão ao longe que me chama
Para me levar ao paraíso
Para o reino de um tal Deus que nem me apresentaram
Prefiro ficar aqui e lutar
Mesmo que seja sozinho

08/02/00