DEPOIMENTOS DE PARENTES E AMIGOS


Viva o Maxi!
27/05/2005

Emocionante ver esta página do Maxi... Estava meio “fora” da net por um tempo... Conheci o Maxi em Campina Grande durante o Encontro para a Nova Consciência, em fevereiro de 2001, tocava com a Lea Fabres. Nosso encontro foi breve mas muito lindo. Comunicamos-nos bastante pela net e nos encantamos bastante um com o outro, antes de sua pasagem, infelizmente...Também tive contato com sua mãe, depois que tudo aconteceu.. . Não sabia ainda como estava o cd e todo o sucesso, muito mais contente fiquei ao ver o projeto viver e crescer. Parabéns por tudo o que todos vcs fizeram para que este sonho não terminasse. Desejaria voltar a entrar em contato com a Graciela, uma pessoa que marcou muito minha vida, assim como maxi, principalmente. Com quem estou falando agora? Se for interessante, gostaria de enviar para vcs poesias que compus na época em que me relacionei com o Maxi.

Abraços para todos, principalmente para Graciela, aguardo notícias...
Parabéns por este belo site!
Com carinho: Lena

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Lembranças

Amigos, conheci o Max em 1995, e com ele toquei no Dinastia, uma brincadeira despretenciosa em cima do repertório do KISS, e depois no Mantra, junto com o Alex. Foram anos muito divertidos e animados, e mesmo os rumos da vida e da música tendo acabado por nos distanciar, as lembranças são as melhores possíveis. Ensaios, shows, festas na casa do Alex, até nas aulas particulares de física que eu dava para ele de vez em quando, a gente se divertia.

Infelizmente, essa distância também acabou por não me deixar saber que seu estado de saúde se agravara. Fui visitá-lo no hospital após a primeira cirurgia, e chegamos a nos ver algumas vezes depois disto, e, não sei se por bem ou não, o fato é que não acompanhei o quadro se agravar. Guardo dele a imagem que sempre tive, de vivacidade, alegria e empolgação com tudo que se envolvia.

Recebi a notícia quase um ano depois, através de um amigo comum, e fiquei, muito, mas muito triste. Pelo músico, que tinha tudo para ser um dos expoentes da música de qualidade, que neste país ainda luta por seu espaço, e também pela pessoa, de coração puro, amizade e alegria infinitas.

Queria deixar um abraço para o "seu" Daniel, que sempre me tratou com muito carinho e sempre fez de tudo para que o Max pudesse externar o talento dele. Tenho certeza que lá no andar de cima o Max está convencendo o pessoal que tocar guitarra é muito mais maneiro que tocar harpa.

Um grande abraço,
Arthur de Souza Brasil (ex-baixista do Mantra)

www.cactuscream.com.br

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A primeira vez que falei com Max foi ao telefone. Me ligou dizendo que tinha assistido um show da minha banda e que tinha gostado muito do som. Confesso que foi a primeira vez em minha vida que "um desconhecido" me liga para dizer que gostou da música que faço. A medida que conversávamos, fiquei muito curioso e surpreso com a determinação com que me falava de como a música era importante na sua vida e de como queria construir algo com ela. Então ele me convidou para assistir um show de sua banda pois afinal já tinha visto a minha - apesar de não termos nos falado depois da apresentação.

Então, lá fui eu assistir este garoto cheio de determinação e vontade de tocar. Sua banda tocava covers de rock e músicas próprias. Eu estava aguardando o show e as cortinas estava fechadas. Já fiquei com os ouvidos ligados ouvindo um som de guitarra seguro e forte por detrás das cortinas. Então a música começou a rolar e as cortinas foram abertas. O meu olhar imediatamente se direcionou para o guitarrista que dominava totalmente o palco. Só posso dizer que fiquei hipnotizado com a presença de um guitarrista que tocava com tamanha energia que era impossível não se contagiar com ela. Este guitarrista tocava cada música como se fosse a música mais importante de sua vida. Sua confiança e força ficavam visivelmente claras na forma como tocava - a forma como segurava a guitarra, a forma como sentia cada nota que dava.

Fiquei impressionado e paralizado do início do show até o fim. É raro ouvir um músico que consegue colocar a sua alma no que toca. E eu estava diante de uma pessoa que conseguia fazer isso de um jeito muito simples e claro. Eu podia sentir o que ele estava sentindo - uma alegria tremenda em tocar algo que fazia sentido para sua vida e que o deixava completo. Sim, este guitarrista era o próprio Maximiliano Santiago, o Max. Depois do show, fui cumprimentá-lo e dizer que tinha adorado o show. A partir daí, iniciamos uma amizade (pessoal e musical) que durou o tempo necessário para eu saber e aprender o que é ter derteminação, coragem e entrega no que se faz. Max era assim. Um espírito de alma aberta para a música.

E só me resta dizer que, como grande fã e amigo, eu sei que estás vivo na vida de todos que você tocou.

Muitas saudades...
Paulo Andrade (Baixista da Fusão)


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Conheci Maximiliano, num workshop de um grande guitarrista Frank Gambale que veio ao RJ fazer uma aula lá no Rock in Rio Café. Mais tarde , sem saber que estava participando fui assistir o musical de Oswaldo Montenegro o tão consagrado “Dança dos Signos”. Percebi um cara tocando guitarra que já tinha sido apresentado. Realmente foi muito bacana sua apresentação na peça já que tocou muito bem. Depois da peça, fui falar com ele e parabenizei pela sua atuação.

Mais tarde, fui a casa de um amigo incomum Roberto Scripilliti. Maxi estava lá e ficamos batendo altos papos durante a madrugada, falando sobre música e suas experiências tocando com artistas.

Depois mais tarde, fui convidado para assistir ele no “Merci”. Já haviam me falado dele como grande guitarrista mas não tinha visto um show pessoal dele. Realmente fiquei impressionado com o que vi, muito talento mesmo, pensei comigo: Esse garoto vai longe!

Depois mais tarde, fiquei sabendo que tinha contraído uma doença grave, mas cheguei a encontrá-lo na Rua Visconde de Pirajá em Ipanema, voltando da faculdade. Batemos um papo rápido e ele me disse que ia fazer outro show e pediu para eu aparecer lá. MAIS TARDE, cheguei a encontrá-lo no show do Steve Vai também.

Foi a última vez que falei com ele, já que soube mais tarde por amigos que ele tinha falecido pelo final do ano.

Fiquei chateado, pois é difícil você se conformar com a morte, e de uma pessoa tão jovem em especial. Assim que soube da sua passagem para outra vida, ascendi umas velas e pensei comigo: Apesar de sua pouca estadia nesse plano, tenho certeza que num outro você está muito melhor que nós.

Mais uma iniciativa de coragem. Fiquei sabendo do Projeto que sua família está patrocinando para realizar seu sonho. Uma atitude louvável, sem dúvida.

Tenho plena convicção que Maxi está “olhando” lá de cima , e se orgulhando da atitude de seus familiares e amigos.

MICHEL WEBBER COSTA NOVO